O termo skin cycling, que traduz-se por ‘ciclo da pele’, ficou famoso nas redes sociais! A hashtag atingiumais de 3,5 bilhões de visualizações.
Ele consiste na aplicação dos diferentes ativos presentes nos produtos do seu skincare em dias da semana alternados. Assim, é possível obter todos os potenciais benefícios de cada um, sem que ocorra uma sobrecarga para a pele.
De forma sucinta, nesse método há uma alternância entre o uso de agentes irritativos e produtos que visam recuperar a barreira cutânea.
O que é skin cycling?
Na verdade, essa técnica difundida pela dermatologista norte-americana, a Dra. Whitney Bowe, é algo que os dermatologistas já orientam rotineiramente nos consultórios há bastante tempo.
A popularidade do skincare cresceu. Antes se limitava a limpeza, hidratação e proteção solar, mas agora os consumidores podem escolher outros produtos. E esta tendência ajuda a conservar a saúde da pele.
Além disso, o skin cycling evita a combinação de forma errada de ativos!
Outra vantagem importante dessa técnica é o uso consciente dos cosméticos, já que você não precisa comprar vários produtos diferentes para que tenha ótimos resultados no skincare.
Utilizar muitos produtos, misturando-os, pode sensibilizar a pele e provocar:
- vermelhidão;
- ressecamento;
- coceira;
- irritação;
- inflamação que pode culminar até no surgimento de acne.
Ainda, mesmo que não ocorra sensibilização, a absorção desse ativos quando aplicados um logo após o outro podem não ocorrer de maneira adequada, causando um desperdício dos mesmos.
Como fazer skin cycling
O que se propõe no skin cycling clássico é um ciclo de quatro noites, repetindo-se o que foi feito na primeira noite após a quarta. Durante o dia, segue-se a rotina básica de limpeza, hidratação e fotoproteção.
NOITE 1
Na primeira noite, além da limpeza, a qual deve ser diária e com um sabonete específico para seu tipo de pele, aplica-se um esfoliante químico, que são basicamente os alfa ou beta-hidroxiácidos (AHAs ou BHAs) tais como ácido glicólico, salicílico e lático.
Esses ácidos são muito mais gentis a nossa pele e removem células mortas e o excesso de sebo, fazendo o que chamamos de processo de renovação celular.
Eles preparam a pele para a utilização de um produto mais forte, o que potencializa sua absorção, em especial o retinóide.
Se sua pele for sensível, recomenda-se a utilização de um hidratante ao menos nos cantos do nariz, ao redor da boca e dos olhos, podendo ser aplicado em todo o rosto em caso de ressecamento.
NOITE 2
Na segunda noite, novamente inicia-se com a limpeza e, após, utiliza-se o retinol.
Ele é um derivado da vitamina A que estimula a renovação celular e a produção de colágeno, auxiliando principalmente na redução de linhas finas e na prevenção de rugas, bem como para a uniformização do tom de pele e no tratamento de acne e cicatrizes.
Esse é um ativo em particular que já costuma ser ciclado rotineiramente, visto que a maioria das pessoas não tolera seu uso diário.
Além disso, deve-se atentar para a quantidade de produto aplicado, o qual não deve ultrapassar ao equivalente ao tamanho de uma ervilha.
NOITE 3 E 4
Uma vez que a pele foi esfoliada e tratada com o retinóide, na terceira e quarta noite é utilizado apenas o hidratante, respeitando dessa forma o período de recuperação do tecido cutâneo.
Nessa etapa, o foco são produtos com ativos reparadores, como niacinamida e ácido hialurônico, e é indicado que se escolha hidratantes específicos para cada tipo de pele.
Por exemplo, peles oleosas beneficiam-se mais quando em forma de séruns, géis ou dos que apresentam efeito mate.
Caso ainda deseje, pode-se aplicar uma camada de óleo facial para selar a umidade, desde que a pele seja do tipo seca ou normal. Essa etapa não é indicada para pele oleosas pelo risco de obstrução de poros, com surgimento de cravos e espinhas.
O que queremos deixar claro é que cada pele demanda uma rotina específica e é ótimo que haja uma variação dos ácidos disponíveis para que não se fique utilizando todos os dias o mesmo ativo.
Por exemplo, no caso do ácido retinóico, esse hábito pode fazer com que a pele afine muito. Ainda, o skin cycling pode ser especialmente benéfico em quem não consegue ter uma rotina de skincare com muitos passos.
Todavia, a orientação do seu dermatologista é sempre necessário, uma vez que não é algo ideal para todos os tipos de pele.
Peles muito sensíveis podem não suportar a aplicação da esfoliação duas vezes na semana, enquanto algumas peles podem tolerar e se beneficiar de um uso mais frequente do retinol, tais como as peles com manchas.
De forma geral, uma vez que o ciclo de recuperação é respeitado, evidenciamos mais os resultados, como reparação da barreira de proteção, uniformidade, firmeza e viço.
Gostou desse conteúdo? Confira aqui como criar sua rotina perfeita de skincare!