Radicais livres são produtos naturais de reações químicas metabolizadas no nosso organismo que possuem alta capacidade de ativar e modificar substâncias e estruturas no nosso corpo. Quando em excesso, podem desencadear uma série de problemas metabólicos, inflamatórios e até cancerígenos, além de acelerar o envelhecimento das células.
Continue a leitura e saiba tudo sobre como os radicais livres agem no nosso organismo e quais ações podemos tomar para reduzir os efeitos dessas substâncias reativas!
O que são radicais livres no organismo?
Radical livre é um elemento químico que, ao invés de possuir 2 elétrons que se estabilizam na última camada de distribuição da molécula, possui apenas um, tornando-o altamente reativo. Ou seja, esse último elétron, sozinho, consegue reagir facilmente com outros elementos químicos e alterar o equilíbrio de infinitas substâncias do nosso organismo.
Possivelmente, você já ouviu falar sobre radicais de oxigênio livre e sobre seus efeitos no aparecimento de algumas doenças e como acelerador de envelhecimento da pele, por exemplo. Contudo, existem muito mais resultados possíveis decorrentes da presença acentuada desse elemento no corpo.
Como surgem os radicais livres no nosso corpo?
O surgimento de radicais livres é um processo natural do metabolismo humano e pode ser resultado de várias reações químicas e físicas, como, por exemplo:
- Durante a respiração celular e a formação de ATP dentro da célula;
- Durante a contração muscular e a oxidação de gorduras;
- Resultado radiação ultravioleta que pode provocar a quebra de ligações químicas na pele;
- A exposição de poluentes e produtos químicos presentes no ambiente;
- Respostas imunológicas e a produção de radicais livres por macrófagos para ajudar a destruir patógenos;
- Estresse oxidativo onde o corpo não consegue mais utilizar mecanismos de neutralização para a molécula.
Ou seja, nosso corpo está a todo momento produzindo esse tipo de molécula e ativando substâncias oxidativas para neutralizá-las. O uso de vitaminas C e E, polifenóis e minerais são substâncias externas que, associadas às substâncias internas, atuam fortemente na estabilização dos elétrons dessa molécula.
Ah e ainda temos o estresse psicológico, que também é um desencadeador do aumento do radical livre no nosso corpo e, por vezes, é o mecanismo mais difícil de controlar, dado a sua dimensão subjetiva.
Qual a função dos radicais livres no organismo?
Diferentemente do que muitos acreditam, a presença de radicais livres não é um problema em si, já que todos os elementos possuem algum tipo de função no nosso metabolismo. O grande problema está associado ao excesso desse elemento no nosso corpo. Dentre os benefícios das ações dos radicais livres estão:
- Controle de pressão arterial;
- Mecanismos de reparação celular e na oxidação de ácidos graxos;
- Resposta imunológica com a destruição de patógenos e a criação de um ambiente ruim para a proliferação de micróbios e bactérias;
- Sinalização celular de crescimento de tecidos e regiões do corpo muito úteis para o processo de regeneração celular e crescimento físico.
O que causa excesso de radicais livres e quais seus efeitos no corpo?
O excesso de radicais livres, na verdade, é a falta de neutralização do corpo frente a sua capacidade de produção. Alguns fatores contribuem para essa incapacidade, dentre eles a principal está concentrada na má alimentação, com nutrição pobre em alimentos saudáveis, como frutas e verduras, e rica em alimentos processados, como o açúcar e gorduras.
Como os radicais livres são altamente reativos, eles conseguem ativar muito rapidamente outras células e funções. O que, em períodos de normalidade, ocorreria de forma controlada pelos mecanismos de neutralização presentes no corpo, mas que, quando em excesso, acaba estimulando desenfreadamente todo esse processo. Veja algumas dos efeitos desses radicais:
1. Ativação de células cancerígenas
Entre os efeitos da não contenção de moléculas radioativas, temos a mutação genética do DNA da célula, o que pode transformá-la em um potencial câncer, ao estimular a reprodução desenfreada de uma célula com a carga genética instável, sendo esta uma das principais características das células cancerígenas.
2. Fragilização da membrana celular e da síntese de proteínas
A membrana celular da célula é composta por uma bicamada lipídica com proteínas que controlam a entrada e saída de substâncias na célula. Quando em excesso, os radicais livres acabam atacando os lipídios, resultando na formação de aldeídos e outros compostos tóxicos para a célula.
A síntese de proteínas pode ser prejudicada e a estrutura da proteína pode começar a organizar de forma diferente o funcionamento da célula. Imagine isso em órgãos vitais? Uma simples alteração poderia modificar todo o funcionamento do sistema.
3. Inflamação crônica e doenças neurodegenerativas
O corpo quando se encontra em estado de inflamação crônica desregula o sistema imunológico e aumenta seu estado de alerta e de combate a agentes externos. O grande problema é que por vezes esse sistema, afetado pela ação dos radicais livres, passa a não distinguir entre as substâncias produzidas pelo próprio corpo e agentes externos, fazendo com que ocorra a inflamação de ligamentos e intestino.
4. Envelhecimento precoce e disfunções metabólicas
O dano metabólico provocado pela presença de radicais livres em excesso no corpo afetam as células beta do pâncreas, provocando, desta maneira, a alteração dos níveis de glicose no sangue. O mesmo ocorre com todas as células afetadas por esses radicais, em sua maioria, de oxigênio radioativo, que alteram a estrutura da célula, onde os sistemas vão perdendo a capacidade de executar sua função e os sinais de envelhecimento vão se tornando mais visíveis.
A pele vai perdendo sua elasticidade, rugas e linhas de expressões vão se tornando cada vez mais profundas. É por isso que combater a sobrecarga desses elementos é tão importante, tendo em vista que essas alterações fisiológicas se manifestam externamente, mas sempre interna e inerente aos nossos órgãos.
O que fazer para reduzir a ação dos radicais livres?
Em linhas gerais, o que você vai fazer é aumentar a capacidade do corpo de neutralizar as moléculas de oxigênio reativo com uma alimentação rica em frutas, legumes e vegetais, com a prática de exercícios físicos de intensidade baixa e moderada com o uso de produtos com ação antioxidante para áreas externas no corpo.
Um ponto de atenção aqui é necessário: os estudos apontam que treinamento com alta intensidade tende a produzir maior quantidade de radicais livres, porém, com o descanso condizente e a alimentação balanceada a neutralização ocorre e os benefícios da prática de exercícios se mantém.
Reduzir o uso de álcool e cigarros também é uma ação positiva contra diminuir o nível de radicais livres presentes no corpo, ok?
Como dica final, agora que você já sabe o quão importante é o consumo de alimentos e produtos antioxidantes, gostaríamos de convidá-la a conhecer nossa seção de cremes e séruns faciais com vitamina C e com substâncias com alto poder de neutralizar radicais livres. Não deixe de conferir! 😉