Sabe aquele momento em que você cuida da pele com todo carinho e, de repente, aparece uma bolinha vermelha ou uma pústula dolorida? Pois é, a foliculite é uma condição mais comum do que imaginamos e pode afetar qualquer área do corpo onde haja pelos, trazendo aquele incômodo.
Se você já lidou com esse problema, sabe que não é só questão de estética — é sobre como se sente com a sua pele. E, se não for tratada corretamente, a inflamação pode até deixar cicatrizes e impactar a sua autoestima. Embora as causas da foliculite sejam variadas, ela pode ser controlada e até evitada com algumas mudanças simples na sua rotina de banho. Desde a escolha do tipo de roupa até o método de depilação, pequenos ajustes podem fazer toda a diferença.
Aqui, vamos abordar os tipos de foliculite, suas causas, os sintomas mais comuns e, claro, como prevenir e tratar de forma que você se sinta confiante na sua própria pele. Se você está buscando entender melhor o problema e encontrar a solução certa para o seu caso, este guia vai te ajudar a dar o primeiro passo para se livrar de uma vez por todas da foliculite!
Sumário
ToggleAfinal, o que é foliculite?

A foliculite é uma inflamação nos folículos pilosos, aquelas pequenas estruturas responsáveis pelo crescimento dos pelos. Ela aparece quando os folículos ficam bloqueados por sujeira, sebo ou até por infecções causadas por bactérias ou fungos. Não é raro aparecerem no rosto, pescoço, peito, costas, coxas ou virilha, áreas mais propensas ao acúmulo de oleosidade ou até mesmo ao atrito de roupas justas.
Embora a foliculite seja geralmente uma condição estética, vai além disso. Ela pode incomodar e afetar sua autoestima, principalmente quando se trata de lesões doloridas ou cicatrizes que surgem se o problema não for tratado corretamente. Mas não precisa entrar em pânico: entendendo os cuidados certos, dá para controlar e até prevenir a foliculite.
Quais são os tipos de foliculite?
Existem diferentes tipos de foliculite, e entender qual é o seu caso é superimportante para escolher o melhor tratamento. Vamos dar uma olhada nos mais comuns e como você pode identificá-los na prática.
Foliculite superficial
É a forma mais comum e menos grave. Sabe aquelas bolinhas vermelhas ou pequenas pústulas? Então, essa é a foliculite superficial. Ela aparece na camada mais externa da pele e, na maioria das vezes, não é dolorosa. Geralmente, o tratamento é simples, com antibióticos tópicos e, se tratada a tempo, não deixa cicatrizes. Ela tende a aparecer em áreas oleosas ou quando você sua muito (oi, academia!).
Foliculite profunda
Já a foliculite profunda é mais séria e dolorida, sabe? Aqui, a infecção atinge camadas da pele mais profundas, resultando em nódulos doloridos, que podem até causar cicatrizes se não forem tratados corretamente. Ela é mais comum em pessoas com sistema imunológico comprometido ou que usam medicamentos imunossupressores. A solução geralmente envolve antibióticos orais, então é superimportante procurar um dermatologista.
Foliculite por fricção
Esse tipo é causado pelo atrito constante com a pele, seja de roupas justas, mochilas pesadas ou até acessórios. Ela surge em áreas como axilas, virilha e coxas, onde há mais atrito e, muitas vezes, suor. O segredo para preveni-la é optar por roupas mais folgadas e tecidos naturais, como o algodão, que permitem que a pele respire e reduzem o atrito.
Foliculite fúngica (Pityrosporum Folliculitis)
Essa é uma variante causada por fungos, em vez de bactérias. Ela costuma aparecer em áreas com muita oleosidade e calor, como costas, peito e pescoço, e é facilmente confundida com a foliculite bacteriana. O tratamento para ela envolve o uso de antifúngicos, então, se você notar manchas ou pústulas com essas características, é a hora de procurar um dermatologista.
Como identificar a foliculite?
Os primeiros sintomas da foliculite podem variar dependendo da intensidade da inflamação, mas geralmente são bem fáceis de notar. Vamos te mostrar os sinais mais típicos, além de alguns outros que ajudam a identificar melhor a foliculite.
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Bolinhas vermelhas ou pústulas: são as lesões mais características da foliculite e costumam surgir ao redor dos folículos pilosos, especialmente em áreas mais oleosas ou onde há maior atrito, como nas pernas, axilas ou região da virilha;
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Dor e sensibilidade: se você notar que a região está dolorida ou mais sensível ao toque, é sinal de que a inflamação está avançada e precisa de cuidados imediatos;
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Prurido (coceira): a coceira intensa também pode ser um sintoma de foliculite. Quando a pele está inflamada, ela fica mais irritada e tende a coçar;
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Inchaço localizado: em alguns casos, a região afetada pode ficar inchada, o que é um indicativo claro de que a inflamação está intensa. Esse inchaço pode ser acompanhado de um calor local, deixando a área mais quente ao toque;
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Drenagem de pus ou secreção: se as bolinhas ou pústulas se romperem, pode sair pus ou uma secreção amarelada. Esse é um sinal de que a infecção está mais avançada e precisa de atenção médica para evitar complicações;
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Cicatrização com marcas: se a foliculite não for tratada adequadamente, pode deixar marcas ou cicatrizes permanentes na pele.
Quais são as principais causas da foliculite?
A foliculite pode surgir por diversos fatores, e é importante entender todos os possíveis causadores para evitar o problema de forma eficaz. Além da obstrução dos poros e do uso de produtos inadequados, existem outras condições e hábitos que podem contribuir para o aparecimento da inflamação nos folículos. Vamos dar uma olhada em tudo o que pode estar por trás dessa irritação na pele!
Uso excessivo de produtos oleosos
Óleos e cremes pesados podem obstruir os poros, especialmente em pessoas com pele oleosa ou propensa a acne. Se você usa muita maquiagem ou produtos hidratantes que não são indicados para o seu tipo de pele, o excesso de sebo pode entupir os folículos e gerar a foliculite. A dica aqui é optar por produtos não comedogênicos, que não obstruem os poros, e limpar bem a pele antes de dormir.
Suor excessivo
O suor é um dos principais vilões da foliculite, especialmente em áreas como axilas, virilha e costas, onde o suor fica acumulado. Se você faz atividades físicas intensas ou trabalha em ambientes muito quentes, o excesso de umidade pode obstruir os folículos pilosos, criando o ambiente perfeito para o desenvolvimento de infecções bacterianas ou fúngicas. Para evitar, tome banho imediatamente após o exercício e opte por roupas que ajudem a absorver o suor.
Pele sensível a medicamentos ou tratamentos tópicos
Alguns medicamentos, especialmente antibióticos ou tratamentos tópicos para acne, podem sensibilizar a pele e deixar os folículos mais suscetíveis à inflamação. Se você usa algum medicamento que cause ressecamento da pele excessivo ou irritação, a probabilidade de desenvolver foliculite aumenta. Nesse caso, converse com seu dermatologista sobre alternativas ou formas de amenizar esses efeitos colaterais.
Condições médicas subjacentes
Algumas doenças de pele, como a psoríase ou o eczema, podem tornar a pele mais vulnerável à foliculite. Essas condições podem comprometer a barreira protetora da pele, facilitando a entrada de bactérias ou fungos nos folículos. Se você tem alguma dessas condições, é essencial seguir o tratamento recomendado pelo seu médico para controlar a inflamação da pele e prevenir a foliculite.
Uso de álcool e substâncias químicas
O uso de álcool e substâncias químicas para limpar ou desinfetar a pele pode irritar a derme e causar microlesões. Essas lesões podem abrir caminho para infecções nos folículos pilosos. Além disso, o álcool resseca a pele, o que piora o problema ao diminuir a barreira protetora da pele. Evite produtos de limpeza agressivos e prefira loções ou sabonetes suaves, sem álcool.
Contaminação com águas contaminadas
A exposição a águas contaminadas, como aquelas encontradas em piscinas públicas ou no mar, pode também ser uma fonte de bactérias que causam foliculite. Se a água não estiver devidamente tratada, o risco de infecção nos folículos é maior. Se você for para um ambiente como esse, tente tomar um banho logo depois e evitar a exposição prolongada a ambientes com água impura.
Clima quente e úmido
O calor e a umidade excessiva aumentam o suor e a oleosidade da pele, criando um terreno fértil para o desenvolvimento da foliculite. Isso é mais comum durante os meses mais quentes ou se você trabalha em um ambiente fechado e sem ventilação. A solução? Usar roupas mais leves, fazer uso de antitranspirantes adequados e manter a pele o mais seca possível.
Como tratar a foliculite?

A foliculite pode surgir de diversas formas, mas, com os tratamentos certos, é possível controlar e até eliminar as infecções. Vamos explorar as opções que realmente funcionam para você, dependendo da gravidade da situação. O objetivo aqui é devolver à sua pele a saúde, o conforto e a beleza que ela merece.
1. Antibióticos: atuação direta nas bactérias causadoras
Os antibióticos são fundamentais para tratar a foliculite, especialmente quando a infecção é mais profunda. Os antibióticos tópicos, como a clindamicina e a mupirocina, são aplicados diretamente sobre a pele afetada, eliminando as bactérias causadoras da inflamação. Eles são eficazes para tratar a foliculite mais superficial, proporcionando alívio rápido da dor e vermelhidão.
Em casos mais graves, o dermatologista pode prescrever antibióticos orais, como doxiciclina ou tetraciclina, para combater a infecção de dentro para fora. Esses antibióticos agem diretamente na causa da foliculite e podem ser necessários quando a infecção se espalha para áreas maiores ou mais profundas da pele. O uso de antibióticos deve sempre ser feito sob orientação médica para evitar resistência bacteriana.
2. Laser: solução para foliculite recorrente e crônica
O tratamento a laser é uma excelente opção para quem sofre de foliculite crônica ou que aparece com frequência. O laser de diodo, por exemplo, age diretamente no folículo piloso, eliminando as bactérias e prevenindo a proliferação de novas infecções. Ele pode ser muito eficaz em áreas de difícil acesso e também ajuda a reduzir a inflamação de forma duradoura.
Além disso, o laser CO₂ é utilizado para tratamentos mais profundos e pode ser uma boa opção para casos mais severos. Ele também contribui para a regeneração da pele, acelerando o processo de cicatrização e minimizando manchas e cicatrizes deixadas pela foliculite. O tratamento a laser requer várias sessões para alcançar o melhor resultado e deve ser acompanhado por um dermatologista experiente.
3. Cremes e géis calmantes: acalme sua pele irritada
Quando a pele está inflamada e irritada devido à foliculite, os cremes e géis calmantes são uma ótima opção para aliviar o desconforto. Produtos com aloe vera e óleo de tea tree são conhecidos por suas propriedades anti-inflamatórias, que ajudam a reduzir a vermelhidão e a dor, proporcionando alívio rápido para a pele sensível. A calêndula também é bastante eficaz, pois tem um efeito cicatrizante, ajudando na recuperação das áreas afetadas.
Esses produtos são de fácil aplicação e podem ser usados ao longo do dia, principalmente à noite, quando a pele está mais propensa a absorver os ativos. Além disso, eles ajudam a acalmar a pele sem causar efeitos colaterais severos, sendo uma boa alternativa para quem tem a pele sensível ou sofre de foliculite com frequência.
4. Peelings químicos: renovação da pele e melhora da textura
Os peelings químicos são uma excelente opção para tratar a foliculite que deixa manchas ou cicatrizes. Substâncias como ácido salicílico e glicólico ajudam a esfoliar a pele de forma profunda, removendo células mortas e estimulando a renovação celular. Esse processo facilita a regeneração da pele e pode melhorar significativamente a textura, além de minimizar o aparecimento de marcas deixadas pela foliculite.
Esses peelings ajudam também a desobstruir os poros, evitando o acúmulo de sebo e células mortas que podem agravar a inflamação. O procedimento deve ser feito por um profissional qualificado, pois o ácido utilizado pode ser forte demais para a pele se não for aplicado corretamente. Com as sessões de peeling, é possível reduzir as manchas e melhorar a aparência geral da pele.
5. Cuidados com o suor: como prevenir irritações e infecções
O suor excessivo é um dos maiores vilões da foliculite, especialmente em áreas como axilas, virilha e costas. Quando o suor entra em contato com a pele e fica retido nos poros, ele pode obstruir os folículos pilosos e agravar a inflamação. Para evitar isso, é fundamental manter essas áreas limpas e secas, principalmente após atividades físicas, quando o suor se acumula de maneira mais intensa.
Usar roupas leves e que permitam que a pele respire também é essencial para prevenir a foliculite. Evite materiais sintéticos, que podem aumentar a retenção de calor e umidade, favorecendo o crescimento de bactérias. Se você costuma suar muito, utilizar antitranspirantes antibacterianos pode ajudar a controlar a umidade e proteger sua pele.
6. Alternativas naturais: ingredientes que ajudam no tratamento
Além dos tratamentos médicos, há algumas alternativas naturais que podem ser eficazes no controle da foliculite. O óleo de tea tree, com suas propriedades antibacterianas, pode ser aplicado diretamente nas áreas afetadas, ajudando a combater as bactérias e reduzir a inflamação. O vinagre de maçã também é uma boa opção, pois ajuda a equilibrar o pH da pele e pode ter um efeito antisséptico, prevenindo novas infecções.
A camomila, com suas propriedades calmantes, pode ser usada em compressas ou como chá para aliviar a irritação e a vermelhidão. Esses tratamentos naturais podem ser utilizados como complemento ao tratamento médico, mas é importante sempre testar os ingredientes em uma pequena área da pele antes de usar de forma mais ampla, para evitar reações alérgicas.
Como prevenir a foliculite?
A prevenção é a chave para evitar que a foliculite volte a incomodar. Aqui vão algumas dicas práticas para incluir na sua rotina e dar adeus às bolinhas vermelhas:
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Escolha roupas confortáveis e leves: tecidos naturais como algodão ajudam a evitar o acúmulo de suor e permitem que a pele respire melhor. Evite tecidos sintéticos que retêm o calor e a umidade;
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Aposte em métodos de depilação menos agressivos: se você sofre com foliculite após a depilação, talvez seja hora de testar a depilação a laser ou outras opções menos irritantes, que não cortam o pelo ou irritam a pele;
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Evite produtos com álcool ou fragrâncias fortes: sabonetes e cremes com álcool ou ingredientes muito fortes podem irritar a pele e agravar o problema. Procure por produtos suaves, que ajudam a manter a pele limpa e saudável;
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Lave o corpo após atividades físicas: o suor é um dos maiores vilões para a foliculite. Então, sempre que você suar muito, tome um banho rápido para remover o excesso de oleosidade e sujeira da pele;
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Não mexa nas lesões: eu sei que é difícil resistir, mas apertar ou espremer as bolinhas da foliculite pode agravar a inflamação e até espalhar a infecção.
A foliculite é uma condição comum, mas pode ser controlada e prevenida com cuidados simples no dia a dia. Adotar hábitos como escolher roupas leves, optar por métodos de depilação mais suaves e manter a pele limpa pode fazer toda a diferença. Se você busca formas naturais de tratar e prevenir a foliculite, confira mais sobre o poder dos banhos de ervas para auxiliar na saúde da sua pele!
Referências
Google search. (n.d.). https://ensaios.usf.edu.br/ensaios/article/download/291/134/1042
Folliculitis – StatPearls – NCBI bookshelf. (2023, August 8). National Center for Biotechnology Information. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK547754/
Foliculite – Distúrbios dermatológicos – Manuais MSD edição para profissionais. (2023, June 1). Manuais MSD edição para profissionais. https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-dermatol%C3%B3gicos/infec%C3%A7%C3%B5es-bacterianas-da-pele/foliculite





