Buscar alternativas para melhorar o sono, diminuir o estresse, a ansiedade, melhorar a memória, encontrar a paz interior, se sentir relaxado e bem, ou até mesmo controlar as oscilações da pressão arterial são alguns dos motivos pelos quais a meditação tem sido tão pesquisada nos últimos anos. Por isso, nesse post, além de entender mais sobre essa prática, você ainda verá 6 etapas para entrar de cabeça no mundo da meditação. 😉
A dinâmica de vida do ser humano mudou muito ao longo dos séculos. Possivelmente, seus pais ou avós tiveram uma vida bem menos agitada que a sua, não é mesmo? Estar em contato conosco e observar quais são nossas preocupações, alegrias e sentimentos se tornou algo cada vez mais difícil de alcançar. O frenesi do nosso dia a dia não permite que entremos em contato com tudo que guardamos dentro de nós, principalmente com a nossa paz interior.
Continue a leitura e saiba mais sobre como inserir a meditação na sua rotina e se beneficiar dessa prática milenar!
Sumário
ToggleO que é meditação e para que serve?
A meditação é uma técnica de esvaziamento da mente, onde os pensamentos fluem sem que haja julgamentos, vislumbres ou resistências. Do mesmo modo que surgem, vão embora e dão lugar a outro ou nenhum pensamento. Trata-se de uma prática planejada e executada diariamente como meio de acalmar a mente e desenvolver o autoconhecimento. Ela também te permite observar a interação que seu corpo tem e faz com o ambiente.
Meditando você observa coisas que normalmente não percebe, como, por exemplo, a brisa que te toca, os batimentos cardíacos e a intensidade da sua respiração. A sua qualidade de vida tende a melhorar quando você entra em contato consigo mesmo e reduz a circulação de cortisol no corpo. Se você ainda não experienciou meditar, essa é a hora!
Siga o passo a passo abaixo e colha os benefícios que só a meditação pode te trazer.
1. Escolha o tipo de meditação que vai fazer
Existem várias técnicas de medicação, ou seja, estratégias de concentração que são diferentes entre si. No ocidente, os dois tipos mais famosos são a de tipo mindfulness e a concentrativa. O primeiro tipo observa, sem julgamento, os pensamentos, sensações e estímulos — meditação guiada segue essa vertente. Já a de tipo concentrativa direciona o foco em um único objeto, som, imagem ou respiração.
A meditação transcendental e a meditação budista samatha são exemplos desse tipo de meditação. Existe ainda, de acordo com alguns autores, um terceiro tipo de meditação que mescla as habilidades de se abrir e focalizar, nomeada como contemplativa. Algumas orações e a meditação judaica se enquadram nesse tipo de prática.
Se está a sua primeira experiência com a meditação, a dica que damos é para que você inicie a sua prática com a meditação guiada da vertente mindfulness ou procure orientação direta para a prática da meditação concentrativa. Normalmente ela precisa de curso e instrução de alguém com autorização para repassar esse conhecimento.
2. Escolha um período do dia e reserve 20 minutos
Reservar um momento do dia especialmente para o nosso autocuidado é fundamental, não é mesmo? Do mesmo modo, ter um tempo destinado para a meditação é de suma importância. Em geral, a prática da meditação é feita em dois períodos do dia, comece com 1, ok? Escolha um período em que você se sente disposto e quando possui menos atividades agendadas.
É importante que, independente do dia, esse horário não seja alterado. Então, nada de meditar um dia de manhã, outro de noite e outro à tarde, hein? Como a gente ainda está tentando inserir essa prática na nossa rotina, o ideal é que ela seja programada para se manter sempre no mesmo horário e sofra a menor variação possível.
Aqui sugerimos 20 minutos, mas é possível iniciar a prática meditando 5 minutos e depois, aos poucos, aumentando o tempo. Se você possui dificuldade em se manter parado por muito tempo, comece com um tempo menor. O mais importante é que você não comece e nem termine com aquela sensação de correria e de ter que fazer algo logo. Isso não existe na meditação. 😮💨
3. Organize um local onde não haverá interrupções
Escolha um local onde animais de estimação, crianças, amigos e familiares não acessem a todo momento. O susto no meio de uma meditação é algo a ser evitado ferrenhamente. Por isso, jamais coloque seu celular para marcar o tempo de meditação, o som do alarme pode gerar um desconforto muito grande.
Se fizer a meditação guiada, à qual você pode usar o celular para ter acesso, desative as notificações. Todo o processo de condução da meditação já pressupõe o relaxamento inicial e o retorno gradual ao final.
4. Sente-se e fique em uma posição confortável
Existem algumas meditações guiadas nas quais o foco é o relaxamento induzido para reduzir os efeitos de distúrbios do sono. À exceção desse direcionamento específico, nunca medite deitada. Você pegará no sono e não fechará o ciclo da meditação. Prefira sempre estar sentado em posição confortável.
Não precisa estar nas famosas posições de lótus, por exemplo. Seja em uma cadeira, no sofá, no chão ou no tapete, o importante é se manter confortável e pronto para executar a prática.

5. Respire lentamente antes de começar de fato a meditação
Antes de iniciar a meditação, você precisa se acalmar e se preparar para se ouvir. Existem alguns blends de óleos essenciais que estimulam a concentração e você pode colocar para exalar ou aromatizar o ambiente. Essa é uma das formas de deixar toda a ansiedade e correria porta afora.
Inspire e expire lentamente 10 vezes e prestando atenção na velocidade e profundidade da sua respiração. Após isso, você está pronto para entrar de fato na meditação.
6. Deixe os pensamentos fluírem de forma totalmente livre
Quem optar pela meditação guiada vai receber instruções do que observar em si ao longo da meditação. A condução é feita gradualmente e aos poucos você vai se percebendo física e psiquicamente. Contudo, independente do tipo de meditação que você escolheu fazer, o que você deve se atentar é em não seguir com o fluxo racional de pensamento.
Deixe a sua mente apresentar os pensamentos de forma fluida. É como se você estivesse parado numa via vendo ônibus e carros passando na sua frente, mas, na verdade, se trata de pensamentos. Assim como os ônibus e os carros passam na via e vão embora, seus pensamentos também seguem o mesmo percurso. Evite ao máximo entrar em algum deles, ok? Não os julgue, não fuja deles, não os avalie, apenas os sinta e observe tranquilamente.
7. Ao finalizar, não levante! Observe o ambiente por 30″
Assim como no início da meditação, no qual você se preparará para a atividade, ao final você também se preparará para sair dessa prática. Abra os olhos bem lentamente — caso você tenha optado por ficar com eles fechados —, faça 10 respirações lentas e observe-as conscientemente. Se sentir vontade, se espreguice e observe como você está se sentindo após a meditação. Quanto mais vezes você fizer, mais perceberá os efeitos dela ao longo do dia.
Algumas coisas podem acontecer nas primeiras vezes que você praticar. Dormir é uma delas. Como o corpo relaxa, caso você esteja muito cansado, dificilmente você conseguirá resistir ao sono. Afinal, quando meditamos, alcançamos um limiar entre o consciente e o inconsciente e entre o sono e o despertar e, quando você atingir esse limiar, terá a certeza de como essa prática é fantástica.
Evite meditar depois do almoço e da janta, pratique a meditação antes, ok? Espasmos também podem acontecer, assim como uma sensibilidade maior à luz, por isso, não negligencie a introdução e o final da meditação, ela é muito importante.
E aí, gostou de saber como colocar em prática a meditação? Agora que você sabe mais sobre essa técnica de relaxamento e de autoconhecimento, que tal conhecer também o poder da aromaterapia? Conheça mais sobre o olhar para si e como ele pode ser revolucionário para você. Espero que tenha gostado, até a próxima!
Referências:
MENEZES, Carolina Baptista; DELL’AGLIO, Débora Dalbosco. Os efeitos da meditação à luz da investigação científica em Psicologia: revisão de literatura. Psicologia: Ciência e Profissão, v. 29, n. 2, p. 347-362, 2009.
MENEZES, Carolina Baptista; DELL’AGLIO, Débora Dalbosco. Por que meditar? A experiência subjetiva da prática de meditação. Psicologia & Estudo, v. 14, n. 3, p. 573-580, set. 2009.